sexta-feira, 7 de novembro de 2014

"Seco falava quase que 24 horas por dia no celular", diz delegado

Conforme Polícia Civil, bando de José Carlos dos Santos é responsável por roubo, furto e clonagem de veículos, além de tráfico de drogas
"Seco falava quase que 24 horas por dia no celular", diz delegado Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Era por meio de um aparelho celular e três chips que José Carlos dos Santos, o Seco, comandava uma das quadrilhas mais violentas e especializadas do Estado de dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). A conclusão é da Polícia Civil, que iniciou uma investigação há 11 meses e, nesta quinta-feira, cumpriu 29 mandados de busca e apreensão e 24 mandados de prisão.
— Ele falava quase que 24 horas por dia no aparelho celular, sem constrangimento, com os "cupinchas", como ele mesmo chama — afirma o delegado Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículo, responsável pela Operação Trinca Ferro.
 

De sua cela individual, em uma das galerias da cadeia que é considerada a mais segura do Rio Grande do Sul, ele orquestrava os crimes de roubo, furto e clonagem de veículos e expandia suas atividades criminosas para o tráfico de drogas, aponta a investigação. Em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a Polícia Civil identificou uma aproximação do bandido de 35 anos com a facção Bala na Cara, com atuação no comércio de entorpecentes na Região Metropolitana.
— Desde novembro, em nenhum momento ele ficou sem telefone. Aconteceu de, ao longo deste período, ele trocar de aparelho e de chip — explica Ferreira, acrescentando que as ordens eram dadas a pessoas de sua confiança.


A Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículo identificou cerca de 200 roubos e furtos de veículos em pouco menos de um ano e estima em aproximadamente R$ 1 milhão o valor movimentado pelo bando.
— A maioria desses veículos foi roubada em Porto Alegre. Eles eram vendidos em Santa Catarina, no Paraná e também trocados por entorpecentes no Paraguai — diz o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Eduardo de Oliveira Cesar.

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